A oportunidade de criar um mundo mais limpo

A cada tragédia que a humanidade enfrenta (meteorito, dilúvio, incêndio, terremoto, pandemia), surgem novos hábitos e ela melhora, tanto em longevidade, cultura, conhecimento e também em segurança, seja pela construção de novas fortalezas e engenhos, seja pela profusão de remédios criados ou como pela mudança de alguns hábitos.

No caso das pandemias, os relatos históricos da antiga Grécia sugerem que depois da peste que assolou o governo de Péricles, os gregos começaram ferver a água antes de bebê-la e os seus arqui-inimigos persas, inventaram o filtro de barro.

Os romanos, então uma civilização emergente na península itálica, trataram de buscar água limpa nas montanhas para evitar que a doença se repetisse em seus domínios e inventaram os históricos aquedutos.

Isso 2500 anos antes de hoje.

Também foi assim com a Peste de Justiniano que determinou o fim do Império Romano do
Ocidente e levou os italianos a passarem a lavar as mãos antes das refeições.

Atualmente, além de voos de balão na Capadócia, uma das atrações turísticas da atual Turquia, são as “Cacimbas da
Catedral”, mm vasto “lago” artificial subterrâneo, ou a “maior caixa água do mundo”, que era capaz de banhar e matar a sede de dois milhões de pessoas por três meses, caso as águas da cidade se tornassem contaminadas pela peste bubônica, originada por picadas de pulgas e percevejos, transportada pelos ratos.

E Veneza criou as máscaras de carnaval que são populares até hoje e uma marca da cidade!
Na pandemia de 1918, tornou-se comum os hóspedes preferirem se banhar dentro do quarto do hotel para não se infectar com a gripe americana que matou mais de 50 milhões de pessoas. Dali em diante, todo hotel de razoável qualidade, passou a oferecer apartamentos com pias, chuveiros e vasos sanitários dentro do próprio quarto.

Nesta pandemia atual, aparecem alguns sinais:

– as máscaras,
– os robôs de limpeza,
– o álcool gel e
– os purificadores de ar

Tudo isso deve recuperar o progresso na longevidade, na saúde, na educação e será mais uma fonte
de geração de trabalho e renda. Assim que o pavor da morte iminente passar, os estilistas criarão mascaras inusitadas: as que permitem ver o sorriso, as que prendem nas gravatas, as que não castigam as orelhas, as que deixam respirar, as que piscam leds coloridos no Natal-Luz, as que simulam personagens, as com canudinho para beber, com grifes & marcas e por aí vai, até o limite da criatividade.
A limpeza dos ambientes já é uma neurose em alguns setores, como nos hospitais e nos hotéis.

Isso deve se mudar para dentro de casa, das lojas e escritórios. Com isso, os robôs de limpeza, que hoje são vistos quase como brinquedos inúteis, ganharão importância e mercado.
O Álcool em Gel, que surgiu para acabar com os acidentes domésticos, passa a compor o rol dos produtos de limpeza indispensáveis em todos as portas de entrada, desde lanchonetes até casas nos rincões do sertão. Os fabricantes terão mais um item para oferecer aos supermercados, farmácias e tele-shoppings, com odores, cores, durezas e aditivos para formar preço e fazer sucesso.
Ganharão popularidade e serão diversificados os purificadores de ar, como os desinfetantes, que darão espaço também para os filtros HEPA (eliminador de partículas de alta eficiência) esterilizadores elétricos (queimam micro-organismos e micro-partículas de sujeira), ionizadores (geram íons negativos para esterilização de micro organismos) e ozonizadores (geram gás ozônio para conservar alimentos e purificar ambientes). Cada um com seus “poderes & perigos”, afim de ajudar a afastar ameaças aos humanos e para garantir mais saúde.
Quando as pessoas voltarem às ruas, a economia voltar a se mover e a terra parecer ter ressuscitado, haverão tantos
produtos para que não se repita a tragédia que surgirão novos hábitos e novas ocupações nas empresas. Hoteis e
Hospitais mudarão pouco, pois suas obsessões por limpeza vêm de outros episódios, porém, veremos alguns hábitos até aqui aceitos como normais e comuns, como a proximidade entre interlocutores, descuido e desleixo com os serviços de buffett em restaurantes, re-uso indiscriminado de guardanapos de pano e de sabonetes, perdendo a preferência. O aperto de mão pode refluir, como num passado remoto foi abandonado no oriente, por causa de transmissão de doenças. Aviões, ônibus, trens, navios, hotéis, museus, parques temáticos, salas de espetáculos, salões de eventos, restaurantes e lojas terão que se adaptarem às novas exigências desse novo “homo higienicus” que surge no pós-CoViD-19 e será a marca indelével deste período. O mundo fará referências “ao antes e ao depois do Coronavírus”.

 

Fonte:   FrontDesk

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