Juliana Queissada (Foto Divulgação | Queissada Comunicação)
Juliana Queissada*
Quando pensamos em preservação do meio ambiente no dia-a-dia os famosos 3Rs da sustentabilidade (reduzir, reutilizar e reciclar) já vem em mente. Por mais que essas ações sejam fundamentais, elas são só o começo para aderir a um cotidiano ecologicamente responsável. Para que uma atividade econômica esteja enquadrada no conceito de economia verde é preciso investir em medidas de redução das emissões de carbono, eficiência no uso de recursos e inclusão social. No ramo do turismo, esses esforços vêm ganhando força, principalmente, com o desenvolvimento do Turismo Sustentável.
Essa categoria surgiu a partir da necessidade de compensação socioambiental diante dos impactos negativos para os pólos turísticos e as comunidades que os habitam. O aumento exponencial da gentrificação e do descarte imprudente de lixo são exemplos marcantes dos problemas que o turismo sustentável busca amenizar. De acordo com a Organização Mundial do Turismo (OMT), ele é definido como “turismo que considera plenamente seus atuais e futuros impactos econômicos, sociais e ambientais, abordando as necessidades dos visitantes, da indústria, do meio ambiente e das comunidades locais” e, desde seu reconhecimento oficial na convenção Eco-92, no Rio de Janeiro, o turismo sustentável ganha estabelecimentos, destinos e viajantes adeptos ao redor do mundo.
Com a retomada gradual do setor, é possível observar que, cada vez mais, os turistas buscam viagens que conciliam consumo consciente e alternativas econômicas. Segundo o Google Trends, a procura por “turismo sustentável” no mecanismo de busca dobrou no primeiro trimestre de 2021 e o crescimento desse interesse tende a crescer na próxima alta temporada, no verão. Ainda que haja um prejulgamento, por parte de muitas pessoas, de que escolher locais e práticas ecologicamente responsáveis signifique um custo maior ou falta de conforto, há opções para todo tipo de viajante. Hoje em dia, é possível encontrar desde hostels e ecovilas até resorts de luxo que têm, entre suas prioridades, a sustentabilidade.
Além da hospedagem, é possível aplicar na sua viagem outras práticas que reforcem o seu comprometimento com a preservação socioambiental do destino escolhido para as suas férias. Por mais que isso possa parecer difícil, certos hábitos são benéficos tanto para você, como viajante, quanto para os habitantes do local. Utilizar transporte público, bicicleta ou caminhar, por exemplo, é um meio simples de economizar e contribuir para a redução da emissão de carbono. Outra ação que é incentivada pelo turismo consciente é optar por comprar, visitar e comer em pequenos negócios, uma vez que a economia local é movimentada.
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*Juliana Queissada, turismóloga formada pelo IFSP, jornalista formada pela Cásper e CEO da agência Queissada Comunicação há quatro anos
Fonte: Portal Panorama do Turismo
Materia 15/10/2021
www.panoramadoturismo.com.br