Com o sucesso de ferramentas de videoconferências durante a pandemia da COVID-19, o cuidado com a segurança dos serviços foi intensificado, especialmente após uma série de problemas apontados no Zoom, com direito até a boicotes de usuários e proibição de uso em empresas e governos. Uma das principais ferramentas para aumentar a segurança e privacidade das chamadas, a criptografia de ponta a ponta, vai ser adotada pelo Zoom, mas não será estendida todos os usuários.
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Em uma conferência com outros executivos da empresa, o CEO do Zoom Eric Yuan afirmou que a proteção dos dados só estará disponível para assinantes do serviço pago da plataforma. O motivo apontado pelo executivo é o trabalho da empresa com forças policiais.
“[Aos] usuários gratuitos, com certeza não queremos dar isso, porque queremos trabalhar em conjunto com o FBI, com as forças locais da lei, caso algumas pessoas usem o Zoom para fins ruins”, explicou.
A política é diferente da adotada pela concorrência, que repete à exaustão o uso de criptografia na comunicação entre os usuários. A tecnologia impede (ou dificulta muito) que terceiros tenham acesso ao conteúdo das comunicações (seja de texto, vídeo ou áudio) entre dois ou mais usuários.
Ao mesmo tempo em que dificulta a vida de hackers, a criptografia de ponta a ponta torna difícil também o trabalho de investigação para obter provas que poderiam estar em conversas nos aplicativos, questão técnica que já levou ao bloqueio do WhatsApp no Brasil e até à prisão temporária de um executivo do Facebook no país, por exemplo.
Então, usuários do Zoom que quiserem tal proteção precisarão se tornar assinantes do serviço.
fontes. https://canaltech.com.br/apps/zoom-versao-gratuita-criptografia-ponta-a-ponta-165928/